Têmis e Diké: A justiça e o justo meio

  • Têmis e Diké são duas figuras da mitologia grega que vieram a representar a justiça em nossa sociedade moderna. Suas histórias resistiram ao teste do tempo e continuam a nos inspirar a buscar justiça e equidade em nossas próprias vidas.
Têmis era a deusa da justiça divina e da ordem natural. Ela frequentemente era retratada segurando uma balança em uma mão e uma espada na outra, simbolizando a importância do equilíbrio e da justiça. Têmis nos lembra que a justiça deve ser imparcial e que todos os indivíduos devem ser tratados igualmente perante a lei. É um ideal a ser buscado por todos aqueles que operam o direito. Apesar disso, não se pode olvidar, que a busca pela justiça divida era (e é) inalcançável, sendo necessário meios terrenos para buscar o ideal maior de justiça.
Daí temos Diké, que, por sua vez, era a deusa da justiça terrena. Seu papel era fazer valer as leis e punir aqueles que as quebrassem. Ela frequentemente era retratada segurando uma espada e uma balança, representando a necessidade de imparcialidade e justiça no julgamento. Diké representa o justo meio, a justiça alcançável no nosso tempo, o possível e necessário para manter a paz social altamente desejada.

Juntas, Têmis e Diké personificam a ideia de que a justiça é um componente vital para manter a ordem e a harmonia no mundo. Suas histórias nos lembram que a justiça deve ser aplicada igualmente a todos, independentemente de riqueza, status ou poder, por outra via nos mostra a falibilidade humana e a busca pelo justo meio, trazendo a verdade possível para sanar a celeuma.

As histórias de Têmis e Diké continuam a ressoar conosco hoje, enquanto buscamos criar um mundo mais justo. Como profissionais jurídicos, devemos permanecer vigilantes em nossa busca pela justiça e garantir que os direitos de todos os indivíduos sejam protegidos, mesmo que dentro do alcançável e possível.


 

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